Pular para o conteúdo principal

GDF encaminha projeto à Câmara para mudar Lei das Organizações Sociais

O governo pretende iniciar o programa Brasília Saudável em Ceilândia, onde a cobertura da saúde pública alcança apenas 30% da população


    

 postado em 28/06/2016 12:24 / atualizado em 28/06/2016 14:53

Dênio Simões/Agência Brasília
O Governo do Distrito Federal anunciou nesta terça-feira (28/6) a disposição de efetuar uma mudança profunda no atendimento à população na rede pública de saúde. A principal aposta é o programa Brasília Saudável, que tem como princípio melhorar a eficiência dos centros e postos de saúde e adotar uma gestão mais moderna, com a participação das Organizações Sociais (OS).

O governo pretende iniciar o programa Brasília Saudável em Ceilândia, onde a cobertura da saúde pública alcança apenas 30% da população. A estimativa é que as unidades de atendimento para a saúde da família comecem a funcionar sob o modelo das OS a partir de agosto.
Paralelamente à ação na Ceilândia, o governo encaminha hoje à Câmara Legislativa o projeto de lei que melhora o regime de contratação das Organizações Sociais. A proposta amplia o leque de organizações aptas a participar de contratos com o GDF, define critérios para a formação dessas entidades e dá mais instrumentos de fiscalização para o poder público. 

"Esse tema é estratégico para a população de Brasília. Estamos aqui para fazer um debate de alto nível sobre a saúde pública", afirmou o governador Rodrigo Rollemberg, ao anunciar o projeto de lei que será encaminhado à CLDF. Rollemberg disse que essa iniciativa é uma evolução do modelo Saúde da Família, implementado no governo de Cristovam Buarque (DF). Na avaliação do governador, trata-se de um esforço para melhorar um serviço que é ruim para a população e até mesmo para os servidores públicos. 

O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, acredita que o modelo das OS é o mais adequado para melhorar a eficiência da saúde pública no DF. Além dos contratos com a organizações privadas, ele defende o treinamento de médicos e de outros servidores da saúde para romper o que chama de "cultura do hospital". Ele observa que 65% dos atendimentos de adultos e 80% das consultas em crianças não precisariam ocorrer em hospitais. Essa mudança na forma de prestar a saúde pública, com a descentralização e equipes médicas complementares, pode retirar o DF do estado de emergência.

O governo está disposto a fazer uma discussão franca com sindicatos, a Câmara Legislativa e a sociedade para melhorar um serviço que é direito da população. "Esperamos que os representantes da população tenham sensibilidade para fazermos um debate de alto nível", disse Humberto Fonseca. O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, espera uma postura madura dos servidores e sindicatos. "Não quero satanizar, mas debater essas questões sob o viés ideológico embaça muito a discussão".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CONVOCATÓRIA 1ª REUNIÃO ORDINÁRIA CISTT NATAL/RN      O Conselho Municipal de Saúde de Natal através da Comissão Intersetorial em Saúde do Trabalhador - CIST, no uso de suas atribuições definidas em legislação vigente, e considerando a Resolução Nº 493, de 7 de novembro de 2013, que define entre os objetivos e finalidades da CISTT,   acompanhar e fiscalizar os serviços e as ações realizadas pelos CEREST, observando seus planos de trabalho, e acompanhar o controle permanente da aplicação dos recursos, as atividades de vigilância em saúde, até a avaliaç...
"Precisamos tirar o foco do mosquito e centrar nas condições e situações que levam a ter criadouros" “Guerra ao mosquito”. Nas últimas semanas, as manchetes sobre a epidemia do zika vírus, transmitido pelo  Aedes aegypti , abusaram da expressão e repercutiram à exaustão a declaração do ministro da Saúde, Marcelo Castro, de que o país vem perdendo feio a “batalha”. O titular da pasta, a presidente Dilma Rousseff e outras autoridades vêm reforçando a mensagem de que a população brasileira precisa se unir no “combate” para sair vitoriosa. A novidade da transmissão do zika no Brasil pelo mesmo mosquito que já transmitia dengue e chikungunya, acrescida da tragédia dos milhares de casos suspeitos de microcefalia em bebês parece não ter sido suficiente para que o governo brasileiro repensasse a estratégia de combate que vem sendo adotada, sem sucesso, há 40 anos para o combate ao Aedes aegypti. É o que alerta a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) como resultado do ...
PORTARIA Nº 498/2014, 11 DE DEZEMBRO DE 2014. O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, no uso de suas atribuições legais conferidas pelo artigo 5º, XIV L da Lei Complementar Nº 020, de 02 de março de 1999, Ofício nº 4765/2014-GS/SMS, e considerando: A Portaria Nº 197/2005 que trata da Criação dos Conselhos Locais de Saúde; As deliberações das Conferências Municipais de Saúde sobre a Criação de Conselhos Locais de Saúde; As deliberações da 11ª reunião ordinária do Conselho Municipal de Saúde de Natal em 2013 que deliberou pela reativação dos Conselhos Locais de saúde A necessidade de avançar no processo de democratização do setor saúde; A necessidade de normatização do processo eletivo dos representantes dos profissionais e da população no conselho local das unidades de saúde e dos distritos sanitários; A importância e a necessidade de aprofundamento do controle social e da participação social, nas diversas instâncias do SUS. RESOLVE: Art. 1º. Reativar os Conselhos Locais das U...