Diferença entre dengue, Zika e chikungunya é sutil,
diz especialista
O tratamento para as três doenças é estabelecido com base nos sintomas
apresentados pelo paciente
Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
ONLINE | Por: Paula Laboissière - Agência Brasil
·
·
O mosquito Aedes aegypti é o transmissor da
dengue, Zika e chikungunya
As três viroses que mais assustam o Brasil no momento – dengue, Zika e chikungunya – são doenças infecciosas agudas
transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes
aegypti. As semelhanças não param por aí: todas elas podem provocar febre, dor
e manchas pelo corpo. “A diferença é sutil e o diagnóstico precisa ser clínico
e epidemiológico, levando em conta a situação de infecções naquela localidade”,
explicou a infectologista e epidemiologista Helena Brígida.
Em entrevista à Agência Brasil, a integrante do Comitê de Arboviroses da
Sociedade Brasileira de Infectologia destacou que, no caso da dengue, o sintoma
de maior destaque é a febre, sempre alta e de início súbito. Já a
característica mais marcante na infecção por chikungunya são as dores nas
articulações, bem mais intensas que nas outras duas doenças. Por fim, o Zika
tem como principal manifestação manchas pelo corpo bastante avermelhadas e que
coçam muito, além de joelhos e tornozelos inchados.
“A gente tem que perguntar ao paciente se coça muito, se ele teve febre,
se a febre passa quando ele toma remédio, se há dor nas juntas, se o pé está
inchado. Não dá pra dizer logo de cara o que é. O médico tem que ouvir todo o
conjunto de sintomas para definir a melhor conduta”, destacou. A especialista
contou ainda que, em seis horas de plantão em um único dia, se deparou com
quatro casos de Zika em seu consultório. A colega que atendia na sala ao lado,
segundo ela, registrou outros quatro casos da mesma doença.
A infectologista também ressaltou que o tratamento para as três doenças
é sintomático, ou seja, estabelecido com base nos sintomas apresentados pelo
paciente e não muda diante de um resultado laboratorial positivo ou negativo. A
confirmação por teste, segundo ela, é importante sobretudo entre gestantes,
diante da possível associação de microcefalia com o vírus Zika, e entre
pacientes com quadro de complicações neurológicas também possivelmente
associadas à infecção.
Comentários
Postar um comentário