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VISA EM DEBATE

O campo daquilo que hoje chamamos Vigilância Sanitária, historicamente, foi constituído no Brasil como um conjunto de ações cujo objeto era, essencialmente, a norma, e seu instrumento, o aparato policial. Surgida bem antes da conformação do espaço da saúde pública, foi a partir da vinda da família real, no início do século XIX, que a vigilância sanitária passou a constituir um espaço de intervenção do setor saúde nas relações sociais produção-consumo.
No entanto, foi somente a partir do SUS, que a face policialesca da VISA pode dar lugar a essa complexa forma de saúde pública, cujos objetos, para além da norma, passaram a incluir os riscos, danos, necessidades e problemas de saúde.
Para organização desta atividade no âmbito do SUS, em Natal, uma proposta original foi implementada no início dos anos 90, quando as ações de VISA eram realizadas também por profissionais das unidades básicas de saúde. No contexto da implantação de distritos sanitários, buscou-se articular a Epidemiologia, o Planejamento e a Organização dos serviços, integrando tanto a Atenção à demanda espontânea como a Oferta organizada de serviços. O Código Sanitário de Natal, coerente com a Lei 8080/90 e instituído pela Lei municipal 5132/99, e ainda em vigor, estabeleceu no Art. 8º, que trata dos princípios e diretrizes, a “ênfase na descentralização da gerência dos serviços para os Distritos Sanitários”.
A história, porém, foi delineando outro perfil para o que se esperava do modelo inicial, e a limitação da VISA às ações de fiscalização, a partir da continuada centralização das equipes de trabalhadores foi, certamente, a melhor expressão do modelo perverso que transformou algo complexo e abrangente – como deve ser qualquer campo que lide com riscos e problemas sanitários – em uma coisa restrita, alimentadora de burocracia e com pouquíssima efetividade, que nega a integralidade e a universalidade do direito à saúde, assim como a participação e a descentralização.
É diante do atual cenário, em que as equipes distritais da VISA em Natal foram centralizadas, e considerando o contexto mais amplo de crise do Estado brasileiro, caracterizada por uma crise econômica e política sem precedentes na história recente do país, que o NESC elege o tema VIGILÂNCIA SANITÁRIA para promover este debate com a participação da comunidade acadêmica, trabalhadores e gestores em VISA, e representantes do controle social na saúde. Busca-se com isso propiciar um espaço para debate de questões que afetam o setor de vigilância sanitária, no que concerne tanto à gestão e financiamento no âmbito do SUS, formação e qualificação dos trabalhadores e trabalhadoras e a atuação do controle social. Espera-se, assim, contribuir com o processo de elaboração de propostas para fazer avançar a vigilância sanitária, tendo em vista a elaboração de um novo Plano Plurianual em 2017.




PROGRAMAÇÃO
8:30 – 9:00 --- ACOLHIMENTO DOS PARTICIPANTES
9:00 – 9:50 --- MESA DE ABERTURA
·         Coordenador do NESC
·         Gestor Estadual
·         Gestor Municipal
·         Conselho Estadual de Saúde/ Conselho municipal 
·         Trabalhador de visa

09:50 - 10:00 Intervalo

10:00 – 11:40 --- Mesa 1 - Conformação  histórica da Vigilância Sanitária no RN:  rumo a centralização?
·         NESC ( COORDENADOR  DE MESA)
·         UFRN/DNUT ( Profa Célia Márcia)
·         VitóriaRégiaSesap RN,
·         José Antonio Covisa SMS Natal
·         Conselhos de Saúde municipal e estadual

11:40 – 12:10--- DEBATE
12:10 – 14:00 --- ALMOÇO
14:00 – 15:00 --- Mesa 2 - A crise na saúde e a vigilância sanitária: reflexos na gestão, financiamento e participação
·         UFRN - NescCipriano Maia
·         Conselho Municipal de Saúde
·         Escola de Enfermagem UFRN Roberval


Debate: 15:00 - 15:30

Intervalo: 15:30 15:45

 15:45-17:30 2---Mesa 3 - Os processos de trabalho em VISA: gestão de pessoas,  articulação com a assistência e outras vigilâncias
·         UERN - Prof.João Bosco Filho
·         UFRN - Prof. Ewerton

·         UFRN - Profa. LavíniaUchoa

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